SINCRETISMO; DEFESA OU VERGONHA?

 Muitas vezes ao jogar pra algum cliente leigo ou conversar com desconhecedor da nossa religião, e muito comum ao dizer o nome de algum orixá à pessoa perguntar: “que santo e esse na igreja católica!”. Isso é o que mais se ouve, e ao explicar surgem outras perguntas tais como: Mas os santos e os orixás não são os mesmos? Por que então dizem que São Jorge é Ogum? E aí vão as perguntas, um dos erros dos zeladores hoje é justamente não deixar claro esse equivoco.
 O sincretismo foi um fato necessário, mas vergonhoso de nossa história os nossos ancestrais foram escravizados forçados a aceitar uma religião contraria a deles, e tudo lhes foram imposto, e a única saída que tiveram para continuar a adorar aos nossos orixás, foi esconder atrás das imagens de santos católicos.
 Os escravos faziam os assentamentos dos seus orixás, guardava em baixo de pequenos altares feitos dentro das senzalas, coberto com toalhas brancas e colocavam em cima imagens de santos católicos que eles achavam que as suas historias eram semelhantes ou tinham algo de parecido com determinado orixá, e assim quando os senhores lhe perguntavam o que era aquilo diziam que era um altar para tal santo, e até entre eles passam a se referir aos orixás por meio de nomes dos santos católicos, muitos quando descobertos, eram mortos por blasfêmia, heresia ou feitiçaria, para que servissem de exemplo para os outros não adorar os deuses africanos que eram vistos como demônios, só que parece que essa escravidão não acabou quando nos referimos aos nossos orixás usando esse sincretismo.
 Algumas religiões que nasceram no Brasil como a Umbanda utilizam as imagens católicas em seus altares, até compreensivo conhecendo a sua historia, e imperdoável ver esse tipo de adoração a imagens católicas dentro das roças de candomblé de qualquer nação, levando em conta que muitos de nossos ancestrais foram mortos, e esse sincretismo era uma forma de esconder o nosso orixá e hoje não temos que esconder, pelo contrario temos que nos orgulhar o expor cada vez mais a nossa religião, temos liberdade para isso!  

Nenhum comentário:

Postar um comentário